terça-feira, 5 de agosto de 2008

Vídeo sobre Ecodesign e consumo consciente


Já vi muitos vídeos sobre desenvolvimento sustentável, consumo consciente e ecodesign,
mas este é até o momento um dos melhores !
Ele se direciona a todos nós.
Ele é didático e objetivo e coloca o principal em evidencia.
Apesar de se direcionar ao público americano(e vocês verão porque!) ele passa sua mensagem de forma clara e divertida, não deixem de ver!
http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755&hl=en
Veja também o site:
http://www.storyofstuff.com/

terça-feira, 22 de julho de 2008

Design que estimula o reaproveitamento de Produtos


Este tipo de iniciativa é bem vinda e deve se multiplicar nos próximos anos.
Criar peças que funcionem com algum produto já existente evitando seu descarte ou dando um novo uso, alem de ajudar a prolongar a vida útil do mesmo, economiza em materiais e energia.
Design "Verde" barato e inteligente

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Trababalhos de estudantes de Ecodesign




Todos os semestres muitos trabalhos interessantes feitos pelos estudantes de Desenho industrial são produzidos Brasil a fora.

Então decidi dar uma força para os que se destacaram postando aqui neste espaço dedicado a essa garotada nova e entusiasmada com o Eco-Design.

Inaugurando este espaço, vai um trabalho muito legal que utiliza reuso de materiais e novas resinas ecológicas.

Ele foi feito com reaproveitamento de tubos de papelão descartados , do tipo usados para miolo das bobinas de tecido, jornais velhos,cola PVA( não é tóxica), cola quente,cartão couro de 2mm, e resina Zorite Eco-Laca.

Mobiliário de Papelão por:

Renata Barros Dias aluna do 7 periodo de" Desenho Industrial -Projeto de Produto" da UniverCidade-Aula de Oficina2 - Prof.Pedro Zöhrer


Material: Tubos de papelão onde tecidos são enrolados para venda
Cartão couro de espessura de 3 mm (uma folha e ¼ de folha)
Cola branca
Cola quente
Jornal
Zorite Eco -Laca


Proposta: Construir um banco reciclável( fácil de reciclar após sua vida útil) com altura de 75cm.

Execução: Quatro tubos de papelão foram cortados com 70cm de altura, Uma das extremidades de cada um foi lixada para atingir o ângulo de 85۫ graus. Foram feitos dois furos para o encaixe de sustentação que unem os pés do banco, e outro acima na base superior.








Os encaixes dos pés foram colados com cola quente.


Um outro tubo mais fino foi cortado para fazer os encaixes de sustentação dos pés e também na base.



O cartão couro foi dividido e cortado em seis partes. Uniu-se (cola branca) dois grupos de três chapas, para que em um deles fosse feito os furos de encaixe dos pés no assento. Depois de coladas as duas partes foi cortado uma cincurferência com 15 de raio.






O jornal foi utilizado para revestir os pés (base) do banco.











Para o acabamento foi usado Zorite Eco -Laca para impermeabização, brilho, proteção e durabilidade.



















terça-feira, 27 de maio de 2008

Vitrine do Ecovolucionário

Neste espaço vou apresentar as pessoas que de uma maneira ou de outra estão engajados em desenvolver projetos ou produtos visando a sustentabilidade!


O Bernardo é um exemplo clássico, foi despertado para o Ecodesign já na Univer Cidade, e hoje depois de inclusive ter ido até a China para conhecer a fundo o uso de materiais como o Bambu, desenvolve outros trabalhos de ecodesign alem dos que já faz com esta gramínia milenarmente utilizada no oriente.


Mas isso ele mesmo vai explicar a seguir.
Este produto foi desenvolvido (junto com o Felipe Bardy) a partir da reciclagem de caixotes de feira. Feitas de madeiras consideradas 'vulgares', como marupá e pinus, essas embalagens possuem curta vida útil e são constantemente descartadas. Rica porém, tal materia prima foi reaproveitada através da união de conceitos da biônica e do design sustentável, com técnicas da marchetaria maciça, criada na Itália renascentista. Por esse processo, reafirmamos então, as inúmeras possibilidades de transformar o lixo em algo belo e com utilidade. Tentamos ressaltar também, a necessidade urgente de uma consciência ecológica global. Tudo pode ser modificado...Ilumine suas ideias. Pense a frente!
OBS: O fato desta luminária ser inteiramente feita em madeira, faz com que seja OBRIGATÓRIO O USO DE LÂMPADA DE LUZ FRIA, que por sua vez, gasta menos energia elétrica e contribui para o ciclo de sustentabilidade do produto. É DE EXTREMO RISCO O USO DE QUALQUER LÂMPADA QUE EMITA CALOR. Devido à grande variedade de posturas assumidas, a cúpula pode ficar sem ventilação, o que gera combustão se a temperatura estiver elevada.
Faltou o Bernardo falar que tanto a cola usada para este trabalho como o acabamento, foram feitos considerando-se materiais renováveis e/ou não tóxicos!
O tel de contato do Bernardo Sodré é:
(21) 9324-2421

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Oficina do Ecovolucionário-Reciclando plástico em casa

Nas nossas oficinas vamos partir para a prática, vamos matar a cobra e mostrar o pau!
Nossa primeira oficina prática vai mostrar , que apesar da reciclagem ser um processo industrial que exige um maquinário especial, isso não impede de fazermos isso artesanalmente em casa.
Espero que com isso as pessoas se envolvam e participem de forma mais ativa nas questões ambientais e suas possíveis soluções.
Pois não existe lixo , exite é disperdício!

INTRODUÇÃO:

Existem 2 tipos de plásticos:
  1. Termo plástico
    Usaremos para isso os termo plásticos, pois estes podem ser reciclados com calor, fundindo em temperaturas relativamente baixas.Estes plásticos são identificados por estes símbolos e podem ser encontrados nas embalagens e geralmente se encontram no fundo da mesma.




Por que vamos usar o Polietileno?

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pead


Baixo ponto de fusão.

Plástico quando queima não gera fumaça tóxica, queima com cheiro de parafina.

( jamais usem PVC neste experimento, fumaça altamente tóxica )

http://www.ecoviagem.com.br/fique-por-dentro/noticias/ambiente/greenpeace-alerta-para-os-perigos-de-substancias-toxicas-encontradas-dentro-de-casa-3393.asp

Usado em embalagens como: sacolas plásticas, garrafas de shampoo,garrafas de produtos de limpeza.

O que vamos precisar?

LISTA DE MATERIAIS







  • Garrafas plásticas de polietileno lavadas (embalagens de detergente e produtos de limpeza em geral)
  • Tesoura
  • Chapas metálicas (alumínio, ferro galvanizado)
  • Fogareiro Elétrico
  • Luvas (de couro)
  • Alicate ou pegadores
  • PASSO 1





    Achar uma embalagem feita de polietileno.

  • Limpar e secar a embalagem plástica.
  • Cortar o plástico em pedaços pequenos.










  • Colocar os pedaços plásticos sobre a chapa metálica.








  • Colocar a chapa sobre o fogareiro.
  • Colocar outra chapa por cima
  • Ligar o fogareiro na temperatura de fusão do plástico.
  • Cuidado para não deixar queimar o plástico, se não vai grudar na chapa!
  • Se tiver como regular a temperatura em torno dos 100-120 graus C é melhor!
  • Colocar um peso sobre a chapa de cima.
  • Esperar o plástico derreter e aglutinar e afinar formando uma lamina.
  • Retirar o peso usando luvas apropiadas e levar as duas chapas contendo o plástico para resfriamento.
  • Levar para água corrente a fim de resfriá-las rapidamente.
  • Retirar o plástico de entre as chapas e recortar o plástico para acabamento.



E agora, o que fazer com essas chapinhas?
Vc pode fazer porta copos, chaveiros, bijuterias.
Mande pra gente o que vc conseguiu fazer e sugestões de melhoria desta oficina com plásticos.
Quem quiser comprar placas de plástico reciclada industriais, entre no site :
www.zorite.com
Aguarde o próximo "Oficina do Ecovolucionário"

Os 4 "R" do Ecodesign

Normalmente quando se trata de falar em orientações que ajudam a se desenvolver um produto ou vida mais sustentável e ecológica são citados os famosos 3 "R".

O "Reduzir" talvez seja um dos mais importantes dos citados, pois implica na redução de:
matéria prima, energia, impacto no ambiente e mais importante, do consumo desenfreado entre outros!
Reduzir visando o equilíbrio e harmonia, significa reduzir os excessos, significa desmaterializar.

O "Reutilizar" que seria usar novamente algum produto após finda sua vida útil ou para a mesma função, como usar uma garrafa de vinho para armazenar água, ou para uma nova função diferente da projetada originalmente, como móveis feitos com garrafas PET.
Ambas as opções implicam em modificações sem uso de processos industriais (energia).
Logo não é correto se usar a palavra reciclagem para artesanato feitos a partir das garrafas de PET ou outro material (produto descartado).







O "Reciclar"neste contexto se refere ao material do qual um produto é feito e não do produto em si, logo estamos falando do retornar do material descartado ao ciclo produtivo feito INDUSTRIALMENTE (reciclagem) e se refere sempre a materiais de difícil degradação no meio ambiente como plástico, vidro, metais etc.
Este descarte pode ter acontecido na própria indústria e neste caso estamos falando de Reciclagem de pós-industrial ou de pré-consumo.
Quando isso acontece depois que o consumidor utilizou o produto, nós chamamos de reciclagem pós- consumo.
Vale ressaltar que a reciclagem pós-consumo, tem papel importante em países onde existem populações carentes, pois passa a ter um valor sócio-ambiental contribuindo tanto para a geração de renda e emprego como contribui para a retirada deste material do meio ambiente liberando espaços nos aterros sanitários e mais importante, contribuir para o saneamento básico em áreas carentes de sistemas de coleta de esgoto e água potável ( em geral rios e córregos acabam cumprindo com este papel, causando a morte dos mesmos em razão da grande poluição ambiental e transformação em foco de doenças).

Esta nova indústria de re-manufatura dispõe de maquinário específico para esta transformação que pode gerar produtos tanto iguais em relação ao uso original como novas aplicações.
Infelizmente não há incentivos fiscais para tais micro industrias em nosso país, em verdade o produto reciclado acaba sendo duplamente taxado ao invés de ser isento por limpar a sujeira gerada pelas indústrias que não se responsabilizam pelo descarte de seus produtos por parte do usuário!
Esta reciclagem descrita acima e conhecida como reciclagem mecânica ou física, existem ainda a reciclagem energética( onde o plástico é usado como combustível) e reciclagem química, onde pode acontecer a despolimerização do plástico , ou dissolução do mesmo com solventes.

O último e não menos importante dos “R” é o Re- pensar, estamos falando de mudar nossa visão de produto, re-pensar nossos hábitos, re-pensar nossas vidas. Projetar pensando em aproveitar o que já existe, já foi criado, mas pode ter sido esquecido, novas ideias com antigas tecnologias. Podemos projetar novos produtos usando outros como base , ao invés de termos que criar do zero. Aproveitar produtos cuja eficiência industrial e ambiental já se encontram no máximo, e cujos custos estão no mínimo.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Ecologia,Sustentabilidade e Ecodesign




O termo ecologia foi criado pelo biólogo alemão Ernst Haeckel, em 1866, significa: “Relação dos seres vivos com o habitat ou meio ambiente natural”. Num ambiente urbano, criado e modificado pelo ser humano com o uso de maquinários e alta tecnologia, não se pode falar em relação direta com a Natureza, mas com um habitat formado pela mão humana. Logo em se tratando de obras neste ambiente, falar-se de construção ecológica ou reforma ecológica é inadequado. A expressão/palavra que melhor se adequar à condição do homem moderno é sustentável, conceito apresentado pela primeira vez em 1987, através do Informe Bruntland, da ONU – Organização das Nações Unidas, que definiu desenvolvimento Sustentável como “aquele que permite fazer uso dos recursos naturais sem esgotá-los, preservando-os para as gerações futuras”. Curiosamente este termo originalmente se aplicava à preocupação na década de 70 quando foi primeiramente falado se referia a sustentabilidade da industria em relação ao fornecimento de matéria prima.De qualquer maneira, aplicando o mesmo conceito, a definição mais correta para a construção com perfil moderno, urbano e industrial é Construção Sustentável.
Já na área de Design, o conceito de Design para Sustentabilidade (DFS) ou Ecodesign, está fortemente relacionado a capacidade de promover sistemas de produção que possam responder a requisitos sociais e ambientais em seus produtos, usando a menor quantidade possível de recursos naturais, em comparação com os padrões atuais da indústria. Neste sentido, os designers e decisões do processo produtivo devem coordenar todo produto, serviço e comunicação que possam contribuir para clarificar as alternativas de design e soluções técnicas que efetivamente atendam às inovações sociais e culturais. O método também considera o ciclo de vida( ACV) de matéria e energia e seus impactos nos sistemas naturais e humanos, assumindo que um novo padrão de comportamento deve existir no mercado, a um ponto em que os consumidores requeiram muito mais conformidade para os produtos e serviços, tendo por base idéias ambientalmente sustentáveis, socialmente aceitas e culturalmente atrativas.
Infelizmente, a iniciativa de livremente se optar por sistemas, produtos ou serviços chamados verdes não acontece de forma espontânea por parte das empresas em sua maioria, para isso alguns países criaram os selos verdes e as normas de conformidade como a da série ISO 14000 entre outras.
Vale lembrar que existem leis rígidas em vários países que devem ser cumpridas pelas industrias quanto aos impactos no ambiente.
No Brasil temos uma das mais completas legislações ambientais do mundo, mas, no entanto problemas como a não aprovação no congresso quanto à regulamentação de como o valor das multas são aplicadas e recebidas das empresas ou indústrias transgressoras (lobe das industrias) tem gerado uma contínua reincidência de casos e rolagem de processos.
Atualmente temos presenciado uma demanda crescente por parte do consumidor por produtos verdes ou ecológicos, junto a essa demanda várias empresas certificadoras e emitentes de selos não confiáveis tem se aproveitado e confundido o consumidor e as empresas.

Um artigo publicado recentemente em uma revista especializada na Espanha analisa o seguinte: (...) "as pseudo-etiquetas ecológicas começaram a aparecer há alguns anos, quando muitos fabricantes viram a possibilidade do negócio verde. Marcas como 'amigo do ozônio' podiam ser lidas em muitos dos produtos que se encontravam nas prateleiras de supermercados e grandes lojas. O problema destas etiquetas é que, mesmo que em algumas ocasiões ofereçam uma informação verdadeira, trata-se de publicidade sem nenhum controle por parte de organismos independentes e é a própria empresa que introduz tal denominação". A autocertificação é um dos principais inimigos do mercado verde, uma vez que induz o consumidor a acreditar que o produto que ele está adquirindo é ecológico por causa do rótulo. No Brasil, há inúmeros casos desses, desde ônibus com 'ar condicionado ecológico', a 'plástico que é ecológico porque impede que se derrubem árvores' ou fios elétricos 'ecológicos' cuja logomarca é uma florzinha estilizada com o cabo elétrico. Em 99% dos casos, o termo ecológico não se justifica. A ausência de um setor que pense o mercado verde leva a essas distorções e permite que tanto pessoas bem intencionadas como autênticos charlatões criem uma cultura de ecoprodutos duvidosa. Naturalmente que o consumidor não é obrigado a conhecer a fundo os parâmetros dos verdadeiros selos verdes. Ele não tem porque ser um técnico conhecedor de química, física, engenharia, arquitetura, biologia etc para avaliar o que está comprando. No entanto, ele é o objetivo final do jogo de mercado. Por isso, para que o ecomercado possa crescer saudável, será fundamental que no Brasil surjam Selos Verdes como já existem em todo o mundo. Esse Selo Verde não precisaria ser exclusivamente de caráter oficial. Nos EUA, o mais importante selo verde é conferido por uma entidade não governamental, a ONG Green Seal. Os selos para madeira (FSC )e alimentos orgânicos(IBD) também o são. É até mais importante que entidades privadas assumam esse papel, para impedir que corporações possam tentar corromper a máquina governamental para fazer valer seus interesses.

Mas atenção, como foi mencionado antes, estes selos se baseiam na analise de ciclo de vida dos produtos, e em cada país os ecoindicadores( como o holandês eco indicator 99), variam , em função de sua matriz energética, suas matérias primas, sistemas de transporte, mão de obra, fonte de água potável entre outros.
Não é difícil então imaginar que um selo que é ecológico em um país pode não o ser em outro.

Outro fator de relevância é que nos países desenvolvidos não são contemplados os impactos sociais e mesmo que o fizessem seria diferente em cada país.

logo não basta fazer a análise de ciclo de vida de um produto para chama-lo de ecoproduto, da mesma forma que não se pode afirmar que um produto só porque é feito com matéria prima natural não significa que seja ecológico, você pode se supreender com um produto feito de material sintético sendo mais ecológico que um feito com matéria prima natural!

Assim é mais adequado se falar em níveis de sustentabilidade de um produto.

Por essa razão os selos Europeus se classificam seus produtos em aceitáveis, bons e recomendados.

Eu pessoalmente preferia usar um gráfico como a roda de estratégia de Lids(Ecodesign strategy wheel)